segunda-feira, 30 de agosto de 2010

BIBLIOTECA ESCOLAR D. NUNO ÁLVARES PEREIRA 2002-2010

Foram oito anos de trabalho, de convívio, de risos, de vida intensa.
Agora que se aguarda um novo espaço, moderno e com todas as condições oferecidas pelas novas tecnologias, é hora de recordar...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

HISTÓRIAS DO CAPITÃO NAUTES

     Aqui vais poder encontrar histórias ou ligações para sites que te oferecem leituras online de histórias.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

UMA INCRÍVEL DESCOBERTA EFECTUADA RECENTEMENTE POR UM ESPANHOL

     Uma recente descoberta feita no país vizinho, por um cidadão inspirado, promete revolucionar a sociedade tecnologicamente avançada do Séc XXI. Amigos do Capitão Nautes, é ver para crer!






quarta-feira, 7 de julho de 2010

FERNANDO PESSOA

MAR PORTUGUEZ

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abysmo deu,
Mas nelle é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa, Mensagem

Comentário:

     Este é o poema principal da Segunda Parte de Mensagem (porque a ela deu o nome) e também o poema breve mais conhecido da lingua portuguesa. É incomparável em simplicidade e beleza e também na sucessão de grandes frases: "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!", "Tudo vale a pena se a alma não é pequena", "Quem quer passar além do Bojador tem que passar além da dor" e "Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu".
     "quem quer passar além do Bojador..."- o Cabo Bojador, na costa africana, era considerado o limite do mar navegável porque, dizia-se, os ventos e as correntes impossibilitariam o regresso de quem o dobrasse. Quando Gil Eanes finalmente navegou para além do Bojador e voltou, foi ultrapassada uma barreira psicológica capital. Neste poema, o Bojador simboliza todos os desafios que houve que vencer no esforço das Descobertas, independentemente do custo humano.

Comentário retirado do seguinte site:

 http://www.historia.com.pt/Mensagem/MarPortugues/marportuguez.htm

terça-feira, 6 de julho de 2010

6 de JULHO - FALECEU HOJE A PROFESSORA E ESCRITORA MATILDE ROSA ARAÚJO


Em memória de Matilde Rosa Araújo (1921-2010)


HISTÓRIA DO SR. MAR


Deixa contar...
Era uma vez
O senhor Mar
Com uma onda...
Com muita onda...
E depois?

E depois...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
E depois...

A menina adormeceu
Nos braços da sua Mãe...

Matilde Rosa Araújo, O Livro da Tila



06.07.2010 - 10:27 Por Lusa, PÚBLICO

     A escritora Matilde Rosa Araújo morreu hoje de madrugada, na sua casa, em Lisboa, aos 89 anos. O corpo da autora estará a partir das 17h30 de hoje em câmara ardente na Sala-Galeria Carlos Paredes da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). O funeral realiza-se a partir das 15h00 de amanhã para o Cemitério dos Prazeres, informou a SPA.
     Nascida em Lisboa a 20 de Junho de 1921, numa quinta dos avós em Benfica, Matilde Rosa Araújo licenciou-se, em 1945, em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, tendo feito uma tese sobre jornalismo. Depois, foi professora do ensino técnico profissional em várias cidades do país, tendo ficado efectiva no Porto. Foi também professora do primeiro curso de Literatura para a Infância, na Escola do Magistério Primário de Lisboa. Enquanto estudante, foi aluna de Jacinto do Prado Coelho e Vitorino Nemésio e colega de Sebastião da Gama, Luísa Dacosta, David Mourão-Ferreira e Urbano Tavares Rodrigues.
     Autora de livros de contos e poesia para adultos e de mais de duas dezenas de livros de contos e poesia para crianças - como "O Sol e o Menino dos Pés Frios", "História de uma Flor" e "O Reino das Sete Pontas" - dedicou-se intensamente à defesa dos direitos das crianças através da publicação de livros e de intervenções em organismos com actividade nesta área, como a UNICEF em Portugal.

Três eixos da infância

     Nos seus livros, a autora centrou-se sempre em três grandes eixos de orientação: a infância dourada, a infância agredida e a infância como projecto. Em 2004, quando recebeu o Prémio de Carreira da SPA, Matilde Rosa Araújo afirmou que "os jovens lhe ensinaram uma espécie de luz da vida", porque "o seu olhar é de uma verdade intensa e absoluta". Entre os seus livros mais importantes para a infância contam-se "Os direitos das crianças", "O palhaço verde" e "O livro da Tila" - nome pelo qual era conhecida entre os amigos.
     Ávida pelos jornais, Matilde Rosa Araújo foi colaboradora da imprensa nacional e regional, como “A Capital”, “O Comércio do Porto”, “República”, “Diário de Lisboa”, “Diário de Notícias” e “Jornal do Fundão” e nas revistas “Távola Redonda”, “Graal”, “Árvore”, “Vértice”, “Seara Nova” e “Colóquio/Letras”.
     Desde cedo preocupada com os direitos das crianças, tornou-se sócia fundadora do Comité Português da Unicef e do Instituto de Apoio à Criança. Escreveu váias vezes sobre o interesse da infância na educação e na criação literária para adultos e sobre a utilidade da literatura infanto-juvenil na formação dos mais novos.
     Apesar da sua actividade em diferentes campos, foi sobretudo como escritora que Matilde Rosa Araújo se tornou mais conhecida, dado ter desenvolvido intensa actividade literária para o público adulto e infanto-juvenil, obtendo nesta área diversos galardões e tendo vários volumes publicados no estrangeiro.

Estreia em 1943

     A sua estreia na literatura teve lugar em 1943 com "A Garrana", uma história sobre a eutanásia com a qual venceu o concurso "Procura-se um Novelista", do jornal “O Século”, em cujo júri de encontrava Aquilino Ribeiro. Para o público adulto escreveu também "Estrada Sem Nome", obra galardoada num concurso de contos da Faculdade de Letras, "Praia Nova", "O Chão e as Estrelas" e "Voz Nua".
     Na literatura para crianças, o primeiro título publicado foi "O Livro da Tila" (1957) - escrito nas viagens de comboio entre Lisboa e Portalegre, onde leccionava, e cujos poemas foram musicados por Lopes Graça. Seguiram-se "O Palhaço Verde", "História de um Rapaz", "O Sol e o Menino dos Pés Frios", "O Reino das Sete Pontas", "História de uma Flor", "O Gato Dourado", "As Botas de Meu Pai", "As Fadas Verdes" e "Segredos e Brincadeiras" e os mais recentes "A saquinha da flor" e "Lucilina e Antenor", entre cerca de 40 títulos. Com ela colaboraram várias gerações de ilustradores portugueses, de Maria Keil a Gémeo Luís e a João Fazenda.
     Em 2009, foi publicada a obra "Matilde Rosa Araújo - um olhar de menina", uma biografia romanceada da escritora com texto de Adélia Carvalho e ilustração de Marta Madureira. Membro da Sociedade Portuguesa de Escritores (actual APE), Matilde Rosa Araújo ocupava um cargo directivo quando, em 1965, a instituição premiou o angolano José Luandino Vieira, então preso no Tarrafal, o que levou a PIDE a invadir as instalações e a demitir a direcção.

Muitos prémios e uma condecoração

     O Grande Prémio de Literatura para Criança da Fundação Calouste Gulbenkian (1980), que lhe foi atribuído ex-aequo com Ricardo Alberty, foi um dos primeiros entre os muitos que a sua obra literária viria a conquistar. Em 1991, recebeu o Prémio para o Melhor Livro Estrangeiro da Associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil, por "O Palhaço Verde", e cinco anos depois viu a obra de poesia "Fadas Verdes" ser distinguida com o prémio Gulbenkian para o melhor livro para a infância publicado no biénio 1994-1995. Já em 1994, Matilde Rosa Araújo fora nomeada pela secção portuguesa do IBBY (Internacional Board on Books for Young People) para a edição de 1994 do Prémio Andersen, considerado o Nobel da Literatura para a Infância.
     Em 2003, a escritora foi ainda condecorada, a 8 de Março, Dia da Mulher, pelo Presidente Jorge Sampaio, e em Novembro a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) decidiu, por unanimidade, agraciá-la com o Prémio Carreira (entregue em Maio de 2004), pela sua "obra de particular relevância no domínio da literatura infanto-juvenil". "É uma generosidade muito grande por uma carreira que me deu mais a mim do que eu dei a ela", disse a escritora na altura em que recebeu o prémio da SPA.
     Matilde Rosa Araújo - que dizia conhecer dezenas de estabelecimentos de ensino do continente e ilhas - mantém-se viva através da Escola Básica 2,3 de São Domingos de Rana e da Biblioteca Municipal de Alcabideche, em Cascais, que foram baptizadas com o seu nome, tal como sucedeu a um prémio revelação na literatura infantil e juvenil instituído pela autarquia daquela vila em 1998.


SUGESTÃO DO CAPITÃO NAUTES:


PARA MATILDE ROSA ARAÚJO, A POESIA É:

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A MORTE DE JOSÉ SARAMAGO DEIXOU-NOS UM TRAVO AMARGO


      A sexta-feira 18 de Junho de 2010 ficará gravada na memória com um travo amargo, porque foi o dia em que faleceu o escritor José Saramago, em sua casa na ilha espanhola de Lanzarote, com 87 anos, após grave doença. José Saramago estava casado com a jornalista espanhola Pilar del Rio. A cultura e a língua portuguesas estão de luto, porque é uma voz incómoda e inconformada, mas com extraordinários rasgos de génio, que se apaga.



     José Saramago era ribatejano, uma vez que era natural da pequena mas simpática e singela aldeia da Azinhaga, perto da Golegã, onde nasceu em 1922.

   Oriundo de uma família pobre, foi serralheiro mecânico e jornalista. Escritor autodidacta, por volta de 1976, passou a viver da escrita.

   A partir de 1993, passou a dividir o seu tempo entre Portugal e Espanha, tendo ido viver para as Ilhas Canárias, em Lanzarote.






  
     Em 1998, tornou-se o primeiro escritor português a receber o Prémio Nobel de Literatura. Escreveu várias obras entre as quais: Levantado do Chão, 1980; Memorial do convento, 1982 e A Caverna, 2000.
  José Saramago declarou um dia numa entrevista à TSF: « Tudo acaba por acabar.».


 SUGESTÃO DO CAPITÃO NAUTES:

Um José Saramago inesperado, numa história belíssima, A MAIOR FLOR DO MUNDO:

 

quarta-feira, 30 de junho de 2010

29 de Junho - HÁ 110 ANOS NASCEU O CRIADOR DO PRINCIPEZINHO


     ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY nasceu a 29 de Junho de 1900, em Lyon, França. Em Abril de 1921, Antoine inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.

     Em 1922, já é piloto militar com o posto de subtenente da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação, onde começa então a sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar, na mesma equipa dos pioneiros Vacher, Mermoz, Guillaumet e outros.

     Faleceu no dia 31 de Julho de 1944 durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilómetros da costa de Marselha. Seu corpo nunca foi encontrado.
    
      Suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.


     O Principezinho (1943) é o romance de maior sucesso de Saint-Exupéry. Foi escrito durante o exílio nos Estados Unidos.
    
     A narrativa pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. A personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois activos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.

     O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor o quão equivocados podem ser os nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro leva a reflexão sobre a maneira de nos tornamos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e talvez ainda somos.                                                                       
                                                                                                                                    (Fonte Wikipédia)

Frases para pensar...

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante."

“Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.”


SUGESTÃO DO CAPITÃO NAUTES:

O FAROL DE ALEXANDRIA



     É uma recordação de adolescência...
     Numa aula de História - que nunca mais esqueci - ouvi falar de uma cidade baptizada Alexandria em honra do maior conquistador da antiguidade, Alexandre o Grande.
     A cidade no delta do Nilo floresceu. A sua biblioteca tornou-se o expoente máximo do conhecimento da época. A cidade irradiava porque tinha uma fabulosa biblioteca.

    A cidade de Alexandria também era conhecida pelo seu magnífico farol. Esta associação da luz do conhecimento à luz que orientava os navios a uma mesma cidade perturbou a minha imaginação e, ainda hoje, - trinta e tal anos volvidos - considero esta ligação maravilhosa.

 
      A biblioteca de Alexandria desapareceu em cinzas. O farol desabou e desapareceu no mar por causa de um terramoto.Contudo, o génio humano reconstrui uma magnífica biblioteca na mítica cidade. Eis a  nova e moderna Biblioteca de Alexandria:
                           
     Quanto ao farol, por ambientes digitais interpostos, temos agora a possibilidade de o recriar e de fazer com que a sua luz guie os novos navegadores nos mundos virtuais da Web, com rumo certo.







 
 Boa viagem então a todos os internautas, guiados pelo Farol de Alexandria, o blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica 2,3 D. Nuno Álvares Pereira de Tomar!

                                                                                                             O Capitão Nautes

PARA SABER MAIS...

Alexandre o Grande

 Eis os três últimos desejos de Alexandre o GRANDE

À beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus três últimos desejos:

1º Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2º Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...);

3º Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos,perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:

1º Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2º Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3º Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

Em suma, Carpe Diem...